 
				As novas namoradas da pop
Queres pop? Toma. A pop voltou ao centro da indústria. Parece uma redundância mas depois de um período em que o hip-hop se afirmou como o gigante do mercado, as artistas pop – sobretudo mulheres – pulverizaram os números. Não é novidade sequer, se olharmos para os últimos 25 anos em retrospectiva. De Beyoncé a Rihanna, Lady Gaga ou Katy Perry, Taylor Swift, Miley Cyrus, Ariana Grande, Billie Eilish ou Anitta, a pop escreve-se no feminino. O que impressiona não é o facto em si mas a catadupa de artistas femininas a triunfar consecutivamente nas tabelas de streaming e em digressōes esgotadas.
Olivia Rodrigo
A mais alta deste lote. Nascida em 2003, tem um passado na Disney como Miley Cyrus mas foi no pós-Billie Eilish da pop vulnerável e desembaraçada que se afirmou com singles como Driver’s License, Vampire e good 4 u, e uma postura punk apolítica que transmite vigor e autenticidade. Em Glastonbury, convidou Robert Smith dos Cure a acompanhá-la em palco. Sinais…
Sabrina Carpenter
Beber um Espresso passou a ser certificado pelos lábios de Sabrina Carpenter. Gesto magistral de interferência da comunicação no processo criativo, o single foi o mais resistente no top americano e inevitavelmente uma das cançōes de 2024. Com três cançōes no top 5 americano de singles, Carpenter igualou ainda um feito dos Beatles com 60 anos. Espresso foi líder em 18 países e ultrapassou os 2 mil milhōes de reproduçōes no Spotify. Mas Sabrina Carpenter é muito mais do que uma chavena e já leva seis álbuns. Este verão, a capa do novo Man’s Child deu muito que falar. E não é à toa que The Life of a Showgirl de Taylor Swift acaba com um dueto entre as duas.
Chappell Roan
A princesa perfeita da pop LGBT. Abertamente lésbica, queer e fascina pela cultura das drag queens, Chappell Roan saltou para o estrelato com os singles Good Luck Babe! e sobretudo Pink Pony Club, um hino à liberdade individual. No ano passado, foi o grande destaque de Coachella, quando meses antes era pouco mais que desconhecida. Prepara um novo álbum para 2026, após o êxito tardio de The Rise and Fall of a Midwest Princess, mas já se percebeu que não aceitará todas as imposiçōes em nome do estrelato.
Gracie Abrams
Em maio de 2024, lotou a MEO Arena. Filha do realizador JJ Abrams, abriu a Sour Tour de Olivia Rodrigo em 2022 e a Eras Tour de Taylor Swift no biénio 2023/2024. Tal como Swift, cruza a pop com uma linguagem folk tradicional que já lhe valeu nomeaçōes e prémios para os American Music Awards. Está nas bocas do mundo também por ser namorada do actor Paul Mescal.
Tate McRae
Se algumas das novas monarcas preconizam identidade e autenticidade, no caso de Tate McRae a confissão é o seu maior trunfo. Em maio, conseguiu o seu primeiro single numero um com What I Want, um dueto com Morgan Wallen, e álbum com So Close To What. A 7 de maio, passou com estrondo pela MEO Arena.
Comments are closed.