Jah vamos – Reggae
Quando a biografia visual de Bob Marley está prestes a estrear e aquecer coraçōes (14 de fevereiro é a data), o reggae volta a suscitar atençōes em palcos nacionais.
Já esta sexta, dia 26 de janeiro, a Paolo Baldini DubFiles apresenta Mañana Dub, o irmão com eco de Mañana, dos Mellow Mood, no Tokyo em Lisboa. Manda a tradição jamaicana que álbum reggae que se preze só fica completo com a sua versão dub. A oficina de Baldini tem como objetivo dar nova vida às canções originais. Se por um lado, Baldini vive de uma limitação técnica autoimposta, que lhe permite ultrapassar uma espécie de medo do vazio artístico, através da utilização de uma gama finita de efeitos e recursos da velha guardam, por outro superar estas limitações só é possível graças ao conhecimento da tecnologia MIDI, através da qual Baldini molda riffs, harmonias e melodias. As canções são conduzidas a novas paisagens sonoras que se aproximam do domínio da remistura.
Adriano Dias Pereira (clarinete, flauta, teclados, eletrónica), Gonçalo Sarmento (kora, guitarra, saxofone, voz), Leonardo Marsh (guitarra, voz), Pedro Pereira (baixo), Rodrigo Cordomar (voz, guitarra, teclado, percussões), Tiago Santos (bateria) formam os Terra Livre, banda portuguesa que dá voz ao movimento ecologista emergente, manifestado no lema “música da terra”. Cantam “a consciência, a diversidade e a pluralidade a uma só voz”. O álbum de estreia, Seeds, Roots Flowers and Fruits (2019), contou com a participação de Manu Chao, entre outros convidados, misturando psicadelia e misticismo. Avizinha-se uma digressão nacional com datas em Lisboa (29 de fevereiro no Musicbox), Faro (1 de março na Casa das Virtudes), Porto (8 de março no Hard Club) e Leiria (9 de março no Texas Bar).
Em abril, o produtor Dub FX apresenta Infinite Reflection no dia 24 no Hard Club e no dia 27 no Lisboa Ao Vivo. O álbum foi desvendado ao longo de nove semanas, ao ritmo de uma canção, e respectivo vídeo. Cracks In The Mirror, uma perspetiva estimulante sobre os desafios da sociedade e as soluções impossíveis, envoltas num ritmo de hip-hop da clásico com um toque moderno, “Living Inside”, em que Dub FX une forças com o cantor, produtor e músico canadiano FRASE para criar um tema que junta samba, funk, neo-soul e hip-hop, No More com Steppa Style e Nappy Paco, e o hino Woman Rising com a participação da mulher Sahida Apsara são incontornáveis no álbum.
Quem também tem passagem comprada para Portugal são os históricos The Congos e Gladiators a 11 de maio no Lisboa ao Vivo. Os primeiros são uma das últimas bandas jamaicanas a manter a sua formação original desde os anos 70. O reconhecimento deve-se em boa parte ao lendário álbum Heart of the Congos gravado no lendário estúdio Black Ark, de Lee ‘Scratch’ Perry, e que inclui clássicos como Fisherman.Já os Gladiators editaram o mais recente álbum Roots Legacy em 2019, ano em que voltaram à estrada após um hiato.
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