Hip-hop: O expresso do submundo
Quando se comemoram os 50 anos de uma cultura ainda com tudo pela frente, embora a viver um momento de impasse entre o crescimento acentuado da quota de mercado e a incapacidade em se reinventar, atestada por declaraçōes de Lil Yachty, considerando o momento actual “terrível”, e do ex-Migos Offset, defendendo que a quebra nos números se deve a “tudo soar igual”, uma velha reivindicação do público português mais acérrimo é respondida.
Nos últimos anos, os cabecilhas do rap vieram a Portugal encabeçar festivais como Primavera Sound, Super Bock Super Rock e Rolling Loud, mas os nomes médios, alguns deles os primeiros a vestir a camisola quando o preço ainda nem está marcado na etiqueta, nem sempre dispuseram das mesmas portas abertas. Algo que tem vindo a mudar com as apostas da Versus. Num passado recente, a produtora trouxe nomes queridos do movimento como Larry June, Westside Boogie, Wiki, Roc Marciano, Smino, Oddissee, Westside Gunn, Conway The Machine, Isaiah Rashad e Saba, assim como os clássicos Souls of Mischief e The Pharcyde.
Até junho, há mais um punhado de ases confirmados e prontos a fazer barulhooooooooo. Já este sábado, dia 9, 6lack estreou-se em Lisboa e em nome próprio no LAV. No dia 24, é a vez do acutilante Mick Jenkins dar um concerto no B.Leza. Na mesma sala ribeirinha, mas a 15 de março, os pratos vão girar nas mãos do histórico DJ Muggs dos Cypress Hill. Quem disse que as passagens de nível são só para os comboios?
A 28 de março, e de novo no B.Leza, é a vez de Kota The Friend se estrear em Portugal. A 5 e 6 de abril, vamos poder ver Black Milk. Na primeira noite, na ZDB, em Lisboa, e na segunda no Plano B, no Porto. A 24 de abril, data de lembrar a revolução e defender a liberdade, o enigmático M Huncho actua em Lisboa, em local a anunciar. E, por fim, a 1 de junho, há terapia psicadélica com Danny Brown no LAV. E o mais provável é a agenda continuar a crescer.
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