Açores – Encontros culturais na imensidão
Que os Açores são um destino idílico, um arquipélago de fantasia e relação transcendente com a natureza, é uma opinião-quase-facto. Que a programação cultural tem vindo a crescer e a somar novos ângulos e perspectivas, é uma realidade. Longe de ser ainda um processo acabado ou definitivo, a descentralização tem avançado e se há uns anos, o grosso da oferta cultural se concentrava no litoral, sobretudo em Lisboa e depois no Porto, hoje o cenário é bastante diferente. A diversificação geográfica evoluiu para melhor. Os Açores fazem parte da mudança.
Visto de Portugal continental, talvez o mais mediático de todos os festivais realizados nos Açores seja o Tremor. A edição deste ano decorreu no início de abril espalhado um pouco por toda a ilha de São Miguel, com sede em Ponta Delgada. Agora só em 2023.
Há mais. De 11 a 13 de agosto, o Festival das Marés acontece nos Mosteiros, com a intenção de dinamizar a freguesia e o concelho de Ponta Delgada, promover o nome dos Açores e dar a conhecer o trabalho desenvolvido pela Banda Filarmónica Fundação Brasileira, que organiza. O cartaz conta com .
45 anos depois de se ter estreado, a Semana do Mar “constitui-se mesmo como um dos maiores festivais náuticos do país”, proclama a organização. De 5 a 14 de agosto, passam pela Horta os Xutos e Pontapés, Expensive Soul, The Gift e Piruka, ao ritmo de um por dia, entre vários outros que serão conhecidos a seu tempo.
Na Ilha Terceira, as Sanjoaninas são a maior festa desta ilha, ligada à devoção por São João. De 17 a 25 de junho, há concertos de Daniela Mercury, Maninho, Diogo Piçarra, Virgem Suta, Gisela João, Wet Bed Gang, Carlos Alberto Moniz, The Code e Marco Paulo, além de DJs a fechar o palco diariamente.
Já no Pico, a grande tradição dá pelo nome de Festas da Madalena. Para este ano, as datas de 21 a 24 de julho já são conhecidas, mas o cartaz ainda está por conhecer.
De 5 a 8 de Agosto, a Ilha das Flores recebe o Cais das Poças com concertos de Mickael Carreira, David Antunes, Edna Pimenta e Brumas da Terra, além de actividades náuticas, entre outras propostas.
De volta à Ilha de São Miguel, o Walk & Talk Festival é a antítese da tradição popular. Nos últimos anos, este festival dedicado às práticas artísticas tem levado aos Açores um lote de criadores, curadores e colectivos de diferentes disciplinas.A 11ª edição decorre entre 14 e 23 de julho sob o tema “In the first place (Em primeiro lugar)”, e onde serão apresentados vários projetos inéditos que cruzam as artes visuais, a performance, a música, a arquitetura e o design.
O Walk & Talk propõe uma reflexão “sobre o que surge e existe em primeiro lugar, repensando narrativas vigentes e a posicionalidade enquanto aspeto chave na definição de sistemas de poder, conhecimento e identidade”, anuncia o programa. O festival volta a ter “casa” no Largo de São João, centro de Ponta Delgada, onde será construído um pavilhão temporário assinado pelo Ilhéu Atelier, que acolhe o público e se abre à cidade como palco principal e ponto de encontro e de convívio. O programa de exposições e performances estende-se à vaga – espaço de arte e conhecimento (sede da associação organizadora, Anda&Fala), Museu Carlos Machado, Centro Municipal de Cultura, Galeria Fonseca Macedo, Teatro Micaelense e Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas.
Já este fim de semana, a Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel, recebe a primeira edição do MEO Sound Route, integrado no Monte Verde Festival. Esta sexta-feira, 27 de maio, às 22h00, o Estádio Municipal da Ribeira Grande recebe MC Pedrinho, Richie Campbell e Bispo. A noite fica completa com João Moniz e Tójó.
Ainda na maior ilha do arquipélago, São João da Vila em Vila Franca do Campo recebe as Noites da Juventude em junho. No dia 17, destacam-se Plutónio e a banda de tributo Kind of Magic. A quem? Aos Queen, claro. Na noite após, é a vez de Diogo Piçarra, Yuri Nr. 5 e os Smells Like The 90s. No fim de semana seguinte, há Rute Marlene e Bruno de Carvalho a 24 de junho; Ronda da Madrugada, Baile das Novinhas e Quim das Remisturas fecham o cartaz a 25 de junho.”
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