CoolJazz Fest: vinte anos a ver estrelas

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CoolJazz Fest: vinte anos a ver estrelas

 

Em 2024, o CoolJazz Fest atinge o bonito número redondo dos vinte anos. O festival já passou por diversas mutaçōes mas nunca perdeu a relação aberta com o jazz nem as raízes geográficas em Cascais, apesar de ter vivido alguns anos em Oeiras.

 

Animado pela longa de tradição cascalense, desde o primeiro Jazz em Cascais em 1971, mitificado pela vinda a Portugal de Miles Davis, pelo Estoril Jazz que se seguiu a partir de 1984, e pelos muitos concertos de rock no Dramático de Cascais, desde os Clash aos Nirvana, Pearl Jam e Smashing Pumpkins, o festival promovido por Karla Campos tem outra referência histórica a guiá-lo: o Festival de Jazz de Montreux, na Suiça.

 

O balanço faz-se a olhar para as estrelas. As festividades começam a 9 de julho com um concerto comemorativo dos 25 anos de Moon Safari dos Air, o álbum de Sexy Boy, Kelly Watch The Stars, All I Need e La Femme D’Argent. Após um longo hiato, este é também um regresso de Nicolas Godin e Jean-Benoît Dunckel aos palcos. Na primeira parte, as teclas de Lana Gasparotti começam no jazz e vão até onde a deixarem.

 

Na noite seguinte, o protagonismo é dividido por Chaka Khan, também ela a celebrar 50 anos de carreira e clássicos como Ain’t Nobody e I’m Every Woman, e pelos Morcheeba, a ala pop do trip-hop inglês da transição de século, autores de singles como Rome Wasn’t Built In a Day, Blindfold ou Part Of The Process.

 

A 19 de julho, uma noite lusófona no Hipódromo Manuel Possolo dividido entre a celebração da Lisboa crioula de Dino D’Santiago e a pop de banda larga com voz rouca de Maro. O jazz vocal e confortável é defendido a 26 de julho por um dos nomes maiores da edição deste ano: Diana Krall.

 

Na noite seguinte, celebra-se o novo Brasil pop com o pós-género do fenómeno de Internet Marina Sena, e o diálogo de ritmo e poesia de Luedji Luna. A penúltima das vinte velas é soprada a 30 de julho com a sincronização espaço-tempo dos Fat Freddy’s Drop, antecedidos por um bunch of meninos chamado Expresso Atlântico, comandado pela electrificação da guitarra portuguesa dos irmãos Gaspar e Sebastião Varela.

 

Para o grande final, outro patrono do jazz pop deste século. Jamie Cullum a 31 de julho no CoolJazz com Inês Marques Lucas a antecedê-lo.

 

A completar a programação, há DJ sets nas noites de concerto. O jornalista da Visão e devoto de Serge Gainsbourg na expedição à lua dos Air, Alex D’Alva Teixeira após o concerto de Chaka Khan, o casal Inês Lopes Gonçalves e Ivo Costa a 14 de julho, Progressivu depois de Dino D’Santiago, a radialista Vanda Miranda a 21 de julho, Pedro Tenreiro no final do serão com Diana Krall, Sónia Tropicos na noite “brasileira” do CoolJazz, Wandson a 28 de julho, Matilde Castro no rescaldo dos Fat Freddy’s Drop e a dupla Beatriz Pessoa e Daniel Mota a escolher os últimos momentos de música do festival.

 

Bilhetes para o Cooljazz Fest aqui.

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