O lugar onde o rock nunca morre – Vilar de Mouros
Quando a maioria dos festivais generalistas dilui a identidade musical de género, Vilar de Mouros mantém-se fiel à tradição e apresenta-se como um monolito, ou não fosse o pioneiro dos pioneiros em Portugal (a primeira edição foi em 1971). É rock e os poucos desvios não perdem o nome de família nem deixam cair os parentes na lama.
Este ano, a grande confirmação dos Queens of the Stone Age transformou-se num pesadelo quando, devido a uma operação de emergência a Josh Homme, a banda foi obrigada a interromper a digressão europeia e voltar para casa mais cedo. A notícia deixou a organização desolada e o transtorno é compreensível. Nem é todos os dias que uma banda histórica como os QOTSA inclui Vilar de Mouros no roteiro nem é tarefa de somenos encontrar substituição à altura.
Assim, o Vilar de Mouros 2024 terá mais um dia, com entrada livre e apenas música portuguesa (Amália Hoje, Delfins, GNR, The Legendary Tigerman e Fogo Frio), e os Cult juntam-se ao cartaz. O festival começa com esse extra a 21 de agosto.
No dia 22, contam-se muitas histórias com The Cult, Xutos & Pontapés, Soulfly, Moonspell e RAMP. O dia seguinte é o mais diversificado com Die Antwoord, Ornatos Violeta, Crystal Fighters, Capitão Fausto e Sulfur Giant. Mudam-se os ventos, mantêm-se as vontades: ritmo, pujança, adrenalina e algum protesto no caso dos primeiros.
Por fim, o Vilar de Mouros termina a 24 de agosto com The Darkness, The Libertines, The Waterboys, David Fonseca e Vapors of Morphine. Três bandas inglesas residentes do circuito da nostalgia, um português com milhares de quilómetros e centenas de palcos, e um grupo nascido das cinzas de outro – no caso dos Morphine. Nostalgia, guitarras e clássicos = memórias à flor da pele.
Bilhetes para o festival aqui.
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