NOS Alive: a maioridade traz o rejuvenescimento
2007 foi ontem. O Alive faz 18 anos, interrompidos apenas por dois verōes de pausa forçada pela pandemia. Pelo festival do Passeio Marítimo de Algés, já passaram alguns dos maiores cabecilhas da cultura pop/rock dos últimos trinta anos, dos Rage Against The Machine aos Radiohead (duas vezes), Foo Fighters, Metallica, The Cure, Red Hot Chili Peppers, Arctic Monkeys, Green Day, Muse (que este ano regressam) e Arcade Fire, além de ídolos pop como Coldplay, Dua Lipa, The Weeknd, Sam Smith e Olivia Rodrigo, o nome cimeiro de 2025, e figuras transversais da cultura electrónica como Chemical Brothers, The Prodigy, Justice e Disclosure.
O festival começa já esta quinta-feira com lotação esgotada. A aposta nos grandes fenómenos nascidos e criados no digital salta à vista na primeira noite. Além de Olivia Rodrigo, recém-chegada de Glastonbury, Noah Kahan e Benson Boone cresceram através de plataformas como o TikTok e recuperam uma tradição perdida de one hit wonders, disparados através das redes e só depois absorvidos pela rádio. Stick Season no caso do primeiro e Beautiful Things na carteira do segundo. Os Glass Animals também têm em Heat Waves um amor de verão, enquanto Nathy Peluso transpira atracção pelo corpo com sotaque rítmico latino.
Na sexta-feira, 11 de julho a aposta nos nativos digitais mantém-se com a norueguesa Girl In Red e Finneas, o produtor e irmão de Billie Eilish mas a electrónica ganha amplitude no reencontro com os Justice e na estreia de Anyma, produtor, DJ e metade dos italianos Tale Of Us, anunciado com grande aparato pela organização. St. Vincent planta a semente para o bloco alternativo do festival que há-de chegar com peso no sábado.
Além dos Muse, em substituição dos Kings of Leon, o regresso após longa ausência dos Nine Inch Nails é um dos mais aguardados do festival. Bandas como Future Islands, Bright Eyes, Amy and the Sniffers, os Jet e a inglesa CMAT equilibram a faixa etária do NOS Alive em relação ao primeiro dia.
Pelo Clubbing, vão passar Capicua, Iolanda, Logic 1000, DJ Boring, Mike 11, Máximo, os regressados Macacos do Chinês, Libra, Klin Klop, A-Trak, Bloody Beetroots e Erol Alkan, entre outros, enquanto no Coreto os emergentes deste ano são Gisela Mabel, Herlander, Rossana, Girls 96, Zarco, Left ou Inês Monstro. No Galp Fado Café, sobem ao palco os cantores Teresinha Landeiro, Pedro Moutinho, Diogo Clemente e Sérgio Onze, e a guitarrista Luísa Amaro, entre outros. Mónica Vale de Gato, Guilherme Duarte, Vasco Elvas, Guilherme Fonseca, Luís Franco-Bastos, Jel, Cebola Mol e Ana Arrebentinha têm a árdua tarefa de arrancar gargalhadas ensurdecedoras dos amplificadores e beats.
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