O baile vai recomeçar – Festivais de Outono

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O baile vai recomeçar – Festivais de Outono

 

Os primeiros pingos da chuva, as zonas cinzentas nos céus e o anoitecer à hora do telejornal confirmam-no: o verão está prestes a abandonar o posto. Em tempos não muito idos, seria sinal de depressāo atmosférica e anímica, de nada para fazer além de televisão, centros comerciais e futebol. Felizmente, já não tem de ser assim.

A temporada de festivais ao ar livre está a acabar, sim, mas a roda continua a girar. A actividade cultural está disseminada ao longo do ano e, sobretudo em relação a festivais, deixou de ser uma actividade sazonal.

 

Ainda dentro da estaçāo, e ao ar livre, o Porto Comercial de Cambres, em Lamego, recebe o Douro Porto & Wine Festival. No dia 15, com Paulo Gonzo, Delfins, Mariza e, a fechar, os UB40 com o vocalista Ali Campbell. Na noite seguinte, lugar a José Cid, Matias Damásio, Nik Kershaw e Michael Bolton. Um cartaz adulto e internacional, com forte peso da música portuguesa.

 

Doze anos depois da primeira vez, o Amplifest já é um habitué da ressaca do verão e a proposta não podia ser menos solar ou leve. Nos dias 23 e 24, o Hard Club transforma-se numa montanha de ruído graças a nomes como Amenra, Sunn O))), Esben and the Witch, Sir Richardo Bishop, David Eugene Edwards e BigIBrave.

 

O MIL não é só um festival. É encontro de agentes com conferências e reflexōes rebocadas por ideias, tendências e circulação de talento europeu e transatlântico. Este ano, as apostas portuguesas são Ana Lua Caiano, April Marmara, Cobrafuma, Éllah Barbosa, Femme Falafel, Glockenwise, João Borsch, Lucy Val, Margarida Campelo, Napa, Papillon e Ricardo Crávidá, mas há outras de França, do Reino Unido ou do Brasil para descobrir e acreditar. O MIL decorre entre o Beato e o Cais do Sodré entre os dias 27 e 29.

 

Ainda em setembro, a alma fadisteira solta-se no Santa Casa Alfama. Camané é a voz de maior cartaz, Sara Correia a figura em ascenção e Teresa Salgueiro um regresso familiar do público. Entre outros destaques, Hermínia Silva é homenageada por Anabela, FF, Filipa Cardoso e Lenita Gentil. O programa Em Casa D’Amália, do apresentador e radialista José Gonçalez, é transmitido ao vivo com as presenças de Raquel Tavares, Ângelo Freire, Flávio Jr, Jorge Fernando e Vânia Duarte.

 

Já em outubro, o barreirense Out.fest é uma aventura sónica do jazz à electrónica, ao experimentalismo sem outro nome, de 4 a 7 de outubro. Por falar em aventureirismo, música apátrida e artes digitais, o Semibreve já é uma referência internacional. De 26 a 29 de outubro, passam por Braga nomes como Emeralds, Kali Malone e Eiko Ishibashi. Ainda em Braga, mas a 24 e 25 de novembro, o Festival para Gente Sentada leva ao Theatro Circo Nils Frahm e Mutu (24): Josh Rouse e Gilson (25).

 

Em novembro, há Misty Fest. O festival itinerante recebe Wim Mertens, Haushhka, Makaya McCraven e Matthew Halsall, e John Grant em salas como o Auditório de Espinho, o Centro Cultural de Belém, a Casa da Música e o Casino Estoril, entre 13 e 23 de novembro.

 

O Super Bock em Stock é um dos grandes acontecimentos da vida lisboeta de outono. A música emergente regressa ao eixo da Avenida da Liberdade a 24 e 25 de novembro. 50 nomes vão espalhar-se por uma dezena de salas ao longo dos dias. Will Butler (ex-Arcade Fire), os Gilsons, João Só e convidados (como os Capitão Fausto), Filipe Karlsson e Ela Li são as primeiras confirmaçōes.

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